Viviane Bevilacqua
Ouvi pessoas comentando hoje que o adolescente de 16 anos que fez um pacto de suicídio com o namorado da mesma idade havia "morrido de amor". Não, não foi. Não existe nada de romântico nesta trágica história embora ela envolva um casal de namorados. No caso, um casal gay.
A causa da morte foi muito menos glamourosa (sim, porque morrer de amor tem um toque de história shakespeariana, que encanta e seduz os apaixonados) e muito mais preocupante: o jovem morreu vítima do preconceito e, pior ainda, preconceito que nasceu dentro da próprio âmbito familiar.
Lidar com este sentimento de exclusão e de não-aceitação é difícil em qualquer idade. O que dizer, então, quando a pessoa se sente só e desamparada em plena adolescência, uma fase da vida tão conturbada e cheia de incertezas, quando nossa personalidade ainda está em formação?
Não estou dizendo aqui que os pais precisam ficar felizes e aplaudir seu filho, quando descobrem que ele ou ela é homossexual, ou está tendo uma experiência com outro jovem do mesmo sexo. Entendo que pode ser muito frustrante ter de lidar com esta situação, pois os pais sempre sonham com um futuro diferente para seus filhos. Mas a vida é assim, feita de expectativas, sonhos e frustrações, e é preciso aprender a lidar com elas da melhor forma possível.
Não precisa demonstrar satisfação com a homossexualidade do filho, se ela não for genuína. Basta respeitá-lo, abrir-se para o diálogo, tentar entender o que está acontecendo, olhá-lo nos olhos e enxergar nele o seu menino (ou menina), aquele mesmo que você amou tanto desde o dia em que soube que seria mãe ou pai. Mas para isso é preciso, primeiro, despir-se dos preconceitos, que muitas vezes estão tão arraigados que nem nos damos mais conta de que eles existem.
A causa da morte foi muito menos glamourosa (sim, porque morrer de amor tem um toque de história shakespeariana, que encanta e seduz os apaixonados) e muito mais preocupante: o jovem morreu vítima do preconceito e, pior ainda, preconceito que nasceu dentro da próprio âmbito familiar.
Lidar com este sentimento de exclusão e de não-aceitação é difícil em qualquer idade. O que dizer, então, quando a pessoa se sente só e desamparada em plena adolescência, uma fase da vida tão conturbada e cheia de incertezas, quando nossa personalidade ainda está em formação?
Não estou dizendo aqui que os pais precisam ficar felizes e aplaudir seu filho, quando descobrem que ele ou ela é homossexual, ou está tendo uma experiência com outro jovem do mesmo sexo. Entendo que pode ser muito frustrante ter de lidar com esta situação, pois os pais sempre sonham com um futuro diferente para seus filhos. Mas a vida é assim, feita de expectativas, sonhos e frustrações, e é preciso aprender a lidar com elas da melhor forma possível.
Não precisa demonstrar satisfação com a homossexualidade do filho, se ela não for genuína. Basta respeitá-lo, abrir-se para o diálogo, tentar entender o que está acontecendo, olhá-lo nos olhos e enxergar nele o seu menino (ou menina), aquele mesmo que você amou tanto desde o dia em que soube que seria mãe ou pai. Mas para isso é preciso, primeiro, despir-se dos preconceitos, que muitas vezes estão tão arraigados que nem nos damos mais conta de que eles existem.
Tratar mal o filho pelo fato dele ser gay ou tentar proibi-lo de seguir sua vida e sua sexualidade nunca acaba bem. Quantos casos de suicídio como o deste menino de Sombrio acontecem por aí, sem que nem tomemos conhecimento? Li há pouco em um blog, enquanto procurava mais informações sobre este tema, que a possibilidade de tentar terminar com a própria vida é 13 vezes maior entre os homossexuais do que para o restante da população da mesma idade e condição social. Em 2009, 906 garotos preferiram morrer a continuar sofrendo humilhação e preconceito. Outras 150 garotas escolheram terminar com a própria vida porque não tiveram coragem de lutar pelo direito de amar quem elas quisessem. Foram 1.056 ao todo.
A vida da família ficou melhor sem eles por perto? Duvido muito.
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