OS LIVROS APÓCRIFOS.
Os Livros Apócrifos são um conjunto de livros no qual não foram inspirados por Deus, mas que narram alguns acontecimentos históricos entre os judeus. Os livros apócrifos foram colocados na Bíblia no ano de 1546, durante o Concílio de Trento, realizado na Itália.
Segue abaixo, uma lista que incluem não somente os 66 livros do Antigo e do Novo Testamento, mas também os livros apócrifos, que são:
Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruc, 1 Macabeus, 2 Macabeus, e acréscimos extencivos aos livros de Ester e Daniel.
Os livros apócrifos foram incluídos porque eles apoiavam algumas doutrinas da igreja, incluindo a oração em favor dos mortos. Mesmo com a Bíblia não apoiando a oração aos mortos, mesmo assim naquela época a igreja incluiu na lista de livros inspirados pelo fato de apoiar este tipo de doutrina.
O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, foi considerado um dos três concílios fundamentais na Igreja Católica. Foi convocado pelo ‘Papa Paulo III’ para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica, no contexto da Reforma da Igreja Católica e a reação à divisão então vivida na Europa, devido ao avanço da Reforma Protestante, razão pela qual é denominado também de ‘Concílio da Contra-Reforma’.
No dia 8 de abril de 1546, o Concílio de Trento, publicando o seu dogma sobre a Regra da Fé, houve por bem que a este decreto se ajuntasse o índex dos Livros Sagrados, para que não possa haver dúvida alguma sobre quais são os que o mesmo sínodo recebe.
O Concílio então acrescenta: “Se alguém não receber por sagrados e canônicos estes livros inteiros com todas as suas partes (...) seja anátema.
Na verdade, se analizarmos bem, os livros apócrifos servem apenas para informações históricas, e não servem como bases doutrinárias, pois os livros apócrifos contradizem as demais escrituras.
Porém, examinando os livros chamados apócrifos, de acordo com as evidências externas e internas, somos obrigados a rejeitar a sua inclusão no cânon das Escrituras. Vejamos algumas considerações:
A REJEIÇÃO POR PARTE DA EVIDÊNCIA EXTERNA: Os apócrifos não foram incluídos em qualquer lista de escritos canônicos nos quatro primeiros séculos da era cristã, fato admitido pelos católicos.
Nem Jesus Cristo, nem os antigos escritores cristãos, nem os próprios judeus, aceitaram os livros apócrifos aceitos pelos católicos romanos.
Esses livros não foram considerados parte da Regra da Fé pela Igreja Romana antes do Concílio de Trento, em 1546. Até essa época, os principais teólogos da Igreja Romana os rejeitavam.
Observe que em (Romanos cap.3 vers.2), diz o seguinte: “Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus”.
Os judeus, a quem “as palavras de Deus” foram confiadas, nunca aceitaram os apócrifos como canônicos. Não são citados por Jesus Cristo nem pelos apóstolos e são repudiados até por escritores judeus, como Filo e Flávio Josefo.
A REJEIÇÃO POR PARTE DA EVIDÊNCIA INTERNA: Os próprios livros apócrifos não alegam possuir autoridade divina. Pelo Contrário: alguns terminantemente confessam a falta de inspiração. Na (Bíblia de Jerusalém) existe um pronólogo ao Eclesiástico, que diz o seguinte: “Sois, portanto, convidados (...) a serdes indulgentes onde, a despeito do esforço de interpretação, parecemos enfraquecer algumas das expressões”. Há muitas contradições nos livros apócrifos que os desautorizam como palavra de Deus.
Esses livros contêm informações que contradizem a história. Baruc, por exemplo principia dizendo que o autor estava na Babilônia, mas Jeremias diz que ele e o profeta estavam no Egito.
Observe bem (Jeremias cap.43 vers.6,7): “tomaram aos homens, ás mulheres e aos meninos, às filhas do rei e a todos que Nebuzaradã, o chefe da guarda, deixará com Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã; como também a Jeremias, o profeta, e a Baruque, filho de Nerias; e entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do Senhor, e vieram até Tafnes”.
Os apócrifos são contraditórios entre si. O livro (Sabedoria), pretensamente escrito por Salomão, cita uma passagem de Isaías, profeta que viveu 250 anos depois do rei de Israel.
Suicídios, encantamentos, e adivinhações, são louvados em diversos lugares nos livros apócrifos.. Muitas coisas nos apócrifos são contrárias aos preceitos e doutrinas das Escrituras. O suicídio é louvado em (2 Macabeus cap.14 vers.41-46), e encantos e adivinhações são sancionados em diversos lugares. Observe abaixo:
“Como essa tropa foi apoderar-se da torre e forçar a entrada, uma vez que havia sido dada a ordem de atear fogo e incendiar as portas, Razis, quando ia ser preso, transpassou-se com a própria espada, preferindo morrer nobremente antes que cair nas mãos dos ímpios e padecer ultrajes indignos de seu nascimento. Na precipitação, porém, dirigiu mal o golpe e, enquanto os soldados forçavam do lado de fora contra as portas, ele correu animosamente para cima do muro e, com coragem, precipitou-se de modo a cair sobre eles; estes afastaram-se com rapidez, e Razis esmagou-se no espaço deixado vazio. Todavia, ainda respirando, cheio de ardor, ergueu-se e, embora o sangue lhe jorrasse como uma fonte de suas horríveis feridas, atravessou a multidão numa carreira; em seguida, de pé sobre uma rocha escarpada e já inteiramente exangue, arrancou com as próprias mãos as estranhas que saíam, e lançou-as sobre os inimigos. Foi assim seu fim; pedindo ao Senhor da vida e do sopro que lhos restituísse um dia”. (2 Macabeus cap.14 vers.41 á 46).
Por todas as razões citadas ao longo desta matéria de estudo que você acabou de ler, concluímos que os livros chamados (apócrifos) são indignos de ser incluídos no cânon das Escrituras.
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